Tuesday, June 26, 2007

Les Poupées Rousses - As Bonecas Russas (um filme de Cédric Klapisch)




"Importa reter que a minha vida é um caos e que também me sinto confuso. Vou tentar organizar-me escrevendo. Escrever é organizar as nossas confusões."
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"Cuidado. Às vezes o temporário...instala-se.
- O que queres dizer?
Não te esqueças de escrever o que é importante."
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"A Mamã não encontrou o príncipe?
- Não sei. Ela não te disse?
Não.
- Então é porque não encontrou. Mas não faz mal. Ela é linda, inteligente... Se ele soubesse como estivera apixonado pela mãe dele...! A Martine não lhe deve ter dito. Como se explica isso?
Saí com sete gajos, enfim, sete príncipes. Vivi em vários castelos. O Xavier foi o 4º príncipe que conheci. E agora... Ando ao mesmo tempo com várias cenas, vários príncipes, hesito... A semana passada conheci um na discoteca. É como um enorme baile. Gosto muito dele. Ele não tem um grande castelo, mas tem uma moto enorme! Havias de gostar. É complicado. Mesmo que a gente se dê bem, ainda é cedo para.... para saber se haverá realmente um casamento percebes? Além disso, há imensa gente no reino que diz...que se for ele, não vêm ao casamento.
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"Como querem que escreva histórias de amor? Que sei eu do amor? Sou um egoísta, só penso em mim!"
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"Desculpa desiludir-te, mas a mulher que procuras não existe. Cresce! Pensas arranjar uma princesa, ou sei lá... a heroína de uma novela?! Pára de sonhar. As princesas só existem nos contos de fadas.
- Por que tenho de parar de sonhar?"
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"Bonjour , Paris! Je suis parisienne. Je voudrai des escargots et du vin rouge! Parlez -vous français? Voulez-vous coucher avec moi?"
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"Mal a vi, percebi logo... juro pela minha saúde... que a minha vida tinha mudado.
Aí está. Uma história de amor é acima de tudo uma história.
Ela apareceu na minha vida como um anjo..."
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"A dada altura, já não sei porquê, já não sei como senti que a mão dela me dizia..Sim? Tens a certeza? E a minha mão respondeu-lhe, sim, claro. Apetece-me e acho que também te apetece. A mão dela deu um sinal mais claro. Também lhe apetecia. É incrível como esses momentos ultra parvos perduram! Uma cena que demora no total 12 segundos e fica-te profundamente gravada para sempre. Normalmente, nos filmes, as histórias de amor acabam aí. Ao contar uma história, o melhor é não desvendar o que se segue; mas o que se segue é o mais interessante!"
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"Encetar uma relação com uma rapariga é como partir em viagem. Quando viajamos com alguém percebemos logo se nos entendemos."
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"És o homem perfeito.
- Enganas-te, olha que não sou. Não há pessoas mais desajustada do que eu.
Foi o que eu acabei de dizer. És perfeito.
- Porque é que és tão porreira?
Não sou porreira. Tu é que és o melhor que me aconteceu em 26 anos.
- Não sei se serei como tu imaginas.
O que é que achas? Eu sei que não és sempre perfeito! Tens toneladas de problemas, defeitos, imperfeições. Mas quem não os tem? Mas eu prefiro os teus problemas. Estou apaixonada pela tua imperfeição. Acho-as formidáveis. Eu sei que a maioria das raparigas se passa com a beleza. Só vêem isso, só querem isso. Eu não sou assim. Não me limito a ver o que é belo, seduzem-me outros aspectos. Adoro aquilo que não é perfeito. É assim que eu sou.
Qualquer tipo normal teria corrido atrás dela depois de ouvir aquilo. Eu não me mexi. Ou melhor, o comboio é que se mexeu. E eu deixei-o levar-me."
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A Celia equivale à rua das proporções ideais. A vida na Terra é curta e, de início, todos queremos viver nessa rua. Teria adorado passar horas a olhar para uma miúda assim. Olhá-la simplesmente, vê-la viver, andar, sentir-me embalado pelo balançar da sua saia, inebriado pelo roçar o tecido no seu corpo... Seria capaz de passar a vida a olhar para ela. Mas será possível viver assim? Senti-me impelido a fazer o que todos aconselhavam: parar de sonhar e regressar à vida real.
- Ó estúpida de merda! Esta tua rua... Queres saber uma coisa? A tua rua é feia!"
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"Mas que cena é esta do amor? Como nos deixamos envolver?! Já viste o tempo que se perde? Se estamos sós, é: "arranjarei alguém?". E quando temos alguém, é:"Será esta? Amo-a mesmo? Ama-me tanto como eu? Podemos amar várias pessoas?" Por que nos separamos? Resolvemos as coisas quando vemos que estão mal? Passamos o tempo a pensar nestas parvoíces! E não podemos alegar ignorância, estamos mais do que preparados! Lemos contos de amor, romances... Vemos filmes de amor. Amor, amor!"
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"Que estupidez esta mascarada em que os noivos juram "amar-se para sempre". Emocionamo-nos inevitavelmente, queremos acreditar... "O dia mais belo da minha vida", "para o melhor e o pior", etc... agora as fotografias...Folheamos o álbum até morrer: que dia inesquecível! As fotos são a pedra basilar do nosso amor eterno. É horrível já não conseguir acreditar..."
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"William... Há cerca de 4 mil milhões de mulheres no planeta. É óptimo que tenhas escolhido viver com apenas uma delas, mesmo que não falem a mesma língua."
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"Receio aquilo que nos espera.
- Não olhes para a frente.
Não consigo evitá-lo. Faz-me lembrar eu e o Ed.
- Não olhes para trás. Quem devia dizer "Amo-te"?
Tu, tu é que devias dizer.
- Não, tu é que devias dizer!"
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"Recordei todas as raparigas com quem dormi ou simplesmente desejei. Vejo-as como bonequinhas russas. Vamos brincando com elas, na ânsia de ver a última, a mais pequenina, a que se esconde dentro das outras. Temos de ir abrindo e estar sempre a perguntar-nos: "será esta a última?".

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